
Retiro com Deepak Chopra: Mari Cassou Compartilha com a Mingo a Sua Experiência Pessoal
Já faz alguns anos que acompanho Deepak Chopra e seus livros. Mas foi em 2020, durante a pandemia, que me aproximei ainda mais de sua sabedoria.
Naquele período difícil, uma grande amiga perdeu o pai para o câncer. Por conta do distanciamento social, eu não pude nem mesmo abraçá-la. Meses depois, ela me convidou para participar com ela da jornada de meditação “21 Dias de Abundância”, conduzida por Deepak Chopra. Mal sabia eu que teria uma experiência transformadora, algo que me trouxe calma em meio ao caos.
Esse programa foi minha verdadeira porta de entrada na meditação e um convite profundo à reflexão sobre meu propósito no mundo. Foi aí que me conectei de verdade com o Deepak Chopra. Uma das propostas era formar o seu próprio grupo de meditação, em que você se tornava a facilitadora das reflexões e atividades. Escolhi formar meu grupo com minha mãe e minhas três irmãs.
Cinco anos depois, ao saber que o Sowing traria Deepak Chopra pessoalmente para um retiro em Punta del Este, minha mãe não pensou duas vezes: reuniu novamente nós cinco para mais uma etapa dessa caminhada juntas.
Foram quatro dias intensos de aprendizado, questionamentos, reflexões e uma profunda reconexão com nossa essência. E também de muita sincronicidade. Poucos dias antes de embarcar nessa aventura, enquanto investigava as causas das minhas tonturas e de um zumbido crônico, descobri que tenho algo chamado Disautonomia e Síndrome Vasovagal — uma disfunção do sistema nervoso autônomo, que afeta o controle da pressão arterial, batimentos cardíacos, temperatura corporal, respiração… funções automáticas que o meu corpo, por vezes, não executa corretamente.
No segundo dia do retiro, como se o universo soubesse do meu diagnóstico recente, Deepak deu uma aula profunda sobre o nervo vago — justamente o grande responsável por muitos dos sintomas que, em alguns dias, me impedem até de ficar em pé. Foi impossível conter a emoção. Naquele momento, tive certeza de que estava exatamente onde precisava estar.
Segundo ele, o nervo vago é conhecido como o “nervo da cura”, por sua influência direta sobre a autorregulação do corpo, a calma mental e a saúde integral. Durante a aula, Deepak compartilhou práticas simples e poderosas para ativar e fortalecer o nervo vago: meditação silenciosa, respiração consciente, uso de mantras e o cultivo de emoções como compaixão e gratidão.
Ao longo dos nossos dias de retiro, Deepak nos conduziu por uma jornada transformadora em busca de An Awakened Life, uma vida desperta, que integra a sabedoria ancestral com a ciência moderna, promovendo bem-estar integral e expansão da consciência.
As aulas matinais de Yôga com Sarah Platt-Finger, instrutora de Deepak e sua parceira no livro “Living in the Light”, eram um convite diário à presença e à reconexão com o corpo. Com sua voz suave e postura firme, ela nos guiava por movimentos conscientes que não apenas despertavam o corpo, mas também preparavam a mente e o coração para a profundidade dos ensinamentos que viriam ao longo do dia. Era como se cada prática abrisse um espaço dentro de mim para receber tudo o que Deepak tinha para ensinar.
Além da prática física, Dr. Chopra nos convidou a praticar também a Yôga Mental, expandir nossos limites, flexibilizar pensamentos, cultivar elasticidade emocional. Será que posso olhar para isso de outro jeito? Pensar por outro ângulo? Mudar de ideia? A Yôga da mente é assistir às situações de cabeça para baixo, para então poder criar um novo fim.
Um dos ensinamentos que mais me tocou foi o dos 4 A’s para cultivar o amor e promover a regulação límbica — que é, basicamente, o equilíbrio do nosso cérebro emocional, aquele que comanda nossas reações, nosso humor e até como lidamos com o estresse. São eles: Attention (atenção), Affection (afeto), Appreciation (apreciação) e Acceptance (aceitação).
São atitudes simples, mas poderosas, que ajudam o sistema nervoso a sair do estado de alerta e encontrar um lugar de calma e segurança. Através de pequenos gestos de presença e carinho, com os outros e com nós mesmos, é possível transformar o modo como sentimos, reagimos e nos relacionamos.
Depois dessa imersão com o Dr. Chopra, quero levar a vida com mais consciência — awareness — ouvindo mais o meu corpo, meu coração, minha alma. Quero estar mais conectada com a minha mente, mais presente em cada momento.
Be aware of being aware.
Quando a gente se abre pra essa presença, as coisas simplesmente fluem. A vida acontece com mais sentido e verdade.
Namastê
Mari Cassou - Mari é mãe de duas meninas, empresária de e-commerce de moda e co-fundadora do Gallerist e diretora criativa das marcas Edamami Kids e Clemence. Uma artista nata, que ama viajar pelos 4 cantos do mundo em família.